A chegada ao ducado de Piero Paolo Dossi, com a notícia de que o governo Corso, na pessoa de Dosso Dossi ( ministro italiano e parente de Piero), está decidido a reivindicar a posse do ducado d`Llyr junto ao governo francês faz madame Endora e seu irmão o duque Marc Dara d´Llyr perguntarem-se como vão resolver aquele impasse. Recordações de épocas passadas convencem aos irmãos e ao irrequieto Piero que a reivindicação dos Corsos tem algum fundamento por conta de antigas pendências originadas numa das aventuras do pitara Pierre.
O pirata havia capturado um navio destinado ao duque de Ferrara e entre as riquezas abocanhadas fez prisioneiro um mestre escultor, Giorgio Bellini. O artista ficou preso no ducado e entre outras inúmeras obras de arte criou sua obra prima, conhecida como
“- Se nós entregarmos a escultura. Farão uma avaliação, não é?
Ninguém respondeu claramente. Fizeram alguns murmúrios
- É praxe não é? Quando uma obra de arte muito valiosa passa para a posse de outra pessoa, ou é entregue para outro museu, ou governo. Normalmente são chamados alguns peritos que fazem uma avaliação e atestam a autenticidade da obra, (e com toda ênfase repetiu), não é?
Os três fizeram uns, é, é, a meio tom. Sem muito comprometimento ou convicção. Dara exigiu saber. - E então? O que vamos fazer?
O silêncio foi pesado e cheio de significado. Dara encarou o olhar do pai, implorando uma resposta.
O duque Marc suspirou profundamente. A princípio não queria Dara envolvida naquele caso, mas agora, acabou por convencer-se de que não havia como deixá-la de fora. Disse para ela.
- Vamos roubá-la.
Era isso. Iam roubá-la. Novamente aquela simplicidade exasperante. Dara não duvidou, nem por um segundo, de que eles fariam exatamente isso.”